Vivemos em um tempo onde os relacionamentos já nascem com prazos pré determinados pelos interesses de cada um. As relações de prazer estão intimamente ligadas ao consumo; o convívio é superficial e efêmero e , além do mais, a diversidade é desencorajada em todo o mundo. O avanço tecnológico, longe de solucionar os problemas terráqueos, serve só à satisfação do dinheiro e do poder. Cada vez mais, despejamos entulhos sobre o planeta e, cedo ou tarde, haveremos de pagar por estes crimes. Não adianta varrer o lixo para debaixo do tapete! Mais do que nunca é preciso reciclar: as latas, os plásticos, as embalagens que criamos, tudo aquilo que reveste e mascara nossos sentimentos, interesses e sentidos. É necessário que façamos com que a profundidade do espírito brasileiro ultrapasse a superficialidade da lata e passe a revestir os relacionamentos humanos. Somos um país de enorme diversidade, caracterizado pela mistura e convivência de variados tipos de humanos, cada qual com suas múltiplas influências e soluções para os dilemas da humanidade. Somos brasileiros e, não obstante sermos este povo forte e cordial, também temos lá os nossos defeitos: corrupção, jeitinhos, injustiças, falta de educação e outros que, aqui, conclamamos à mudança. Mas somente cada um, em seu papel de cidadão, criativamente, pode vir a solucionar. Transformar o homem de nossa terra para transformar o mundo. Eis aqui, direto deste sertão profundo, nosso testemunho de amor à nossa gente, verdadeira riqueza e razão de nossa existência.